Um princípio interessante dos explosivos é sua "independência" do oxigênio atmosférico (gás O2) para entrar em combustão rápida (explosão). Todos os explosivos possuem na composição molecular da substância principal (ou nas substâncias que são misturadas a ela) grande quantidade de de átomos de oxigênio que podem entrar em reação mais rapidamente do que o oxigênio do ar. Lembramos que o oxigênio atmosférico é apenas 21% do ar, não estando puro, mas sim mistura do a grande parte de nitrogênio (N2, um gás que praticamente não reage) e vários outros gases em menor proporção. Observe a fórmula do trinitrotolue no (conhecido Com o TNT) acima, importante explosivo usado em demolições e abertura de estradas: cada molécula contém sete átomos de carbono (seis no anel benzênico e um ramificado) e seis átomos de oxigênio já bem próximos, prontos para combinar com os carbonos, formando monóxido ou dióxido de carbono. O monóxido de carbono formado ainda pode explodir em contato com o gás oxigênio atmosférico, pois o calor gerado na queima inicial contribui para isso. No caso da mistura apresentada no rótulo do produto pirotécnico, os principais fornecedores de oxigênio são o perclorato (ClO41-) de potássio (K) e os nitratos (NO31-) de potássio (K) e de bário (Ba2+). Observe que há carvão em pó na mistura, também indicado no rótulo, para fornecer o carbono (6C) para a reação; sendo que grande parte dele ficou sem queimar, sujando a água do aquário com o pó escuro.
